O projeto Tecendo e Trançando Arte resgata
a cultura artística das tranças afro e suas histórias e visa a
valorização das trançadeiras(os) que operam num processo criativo
constante. Também quer registrar esse processo e dar visibilidade a esta
arte tão difundida na cultura negra, porém pouco valorizada como
patrimônio imaterial, pois as tranças afro carregam consigo uma
identidade cultural artesanal, um conhecimento passado de geração em
geração.
Queremos difundir o conhecimento de trançar e tecer cabelos fazendo uma abordagem artística e cultural através de oficinas, pesquisa, rodas de conversa e vivências e pelo registro audiovisual.
Fique atento! Informaremos aqui no blog sobre as ações do Tecendo e Trançando Arte, na nossa página AGENDA.
Oficina de Tranças e Técnicas para Cabelo Crespo
Esta oficina é uma vivência em que buscamos propiciar a troca de experiências a cerca do modo
como o negro lida com seu cabelo e as conotações sociais e políticas associadas ao tema.
Além do bate-papo inicial, nos debruçamos sobre a estrutura e as especificidades do cabelo
crespo, para dar dicas e cuidados para com os crespos. Na etapa prática são introduzidas as
técnicas como Trança Jamaicana, Trança Rasteira, Alongamento, Dreads e Amarrações
com Tecido. A quantidade de técnicas abordadas na oficina depende do tempo disponível e do
tamanho da turma.
Oficina Infantil com Contação de Histórias
Atividade que objetiva fomentar o autoconhecimento, inicia-se com apresentação pessoal e bate-papo a respeito das diferentes infâncias capilares dos participantes. A partir disso, nos debruçamos sobre a estrutura e as especificidades dos diferentes tipos de cabelo. Trabalhamos então com a "contação" de uma história, estimulando o grupo a recriá-la. Durante a construção cênica, são introduzidas técnicas básicas de trançado.
Intervenções com Tecidos
Vivências em que são trabalhados diferentes possibilidades de Torços, Turbantes e outras Amarrações com tecidos.
Ao discutirmos o modo como o negro cuida do seu cabelo, estamos discutindo e problematizando algo que diz respeito pra muito além da estética - o que por si só já seria bastante significativo. Mas não se trata apenas disso, vemos no trançar, nos penteados black power, nos dreads, nas amarrações de tecidos na cabeça e no corpo (entre outros costumes tão comuns da população brasileira e de toda a diáspora africana) uma constatação da herança que o continente africano transmite a nós
brasileiros.